A população da cidade de São Paulo está mais velha. São mais de 2 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, com destaque para as mulheres (quase 60% dos idosos). Esse e outros resultados são provenientes de um novo estudo elaborado pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) do Município. A fonte de dados é o Censo Demográfico de 2022 do IBGE. Acesse aqui o Informe Urbano na íntegra.
Em números absolutos, a cidade chegou a 2.023.060 idosos – equivalente à população da cidade de Manaus. Só no período de 2010 a 2022, houve um crescimento de quase 700 mil pessoas com idade acima de 60 anos – semelhante à população total de Cuiabá. A população idosa na cidade de São Paulo cresceu 51,1% no período. A alta taxa de crescimento acompanha as tendências do aumento de pessoas com mais de 60 anos no estado e no país, sendo elas 60,3% e 56,0%, respectivamente.
A análise da SMUL mostra que o envelhecimento acontece em ritmo mais intenso e acelerado quando comparado a períodos anteriores. Se entre 2000 e 2010, o aumento da representação de idosos na população total foi de 2,6%, o crescimento chega a 5,8% quando comparado 2010 a 2022.
Atualmente, a população idosa representa 17,7% da população paulistana e já supera o percentual de crianças (17,1%). Também é maior que a faixa etária de 15 a 24 anos (13,6%), ficando aquém somente da população adulta (51,6%). O crescimento é notório, uma vez que em 2010 a população idosa era a menos representativa na cidade.
O Censo de 2022 indica que as mulheres são maioria entre os idosos. São 1.209.107 mulheres contra 813.953 homens, ou seja, um excedente de aproximadamente 400 mil mulheres na faixa etária de 60+. No grupo acima dos 80 anos, essa diferença é ainda maior: o número de mulheres é superior ao dobro de homens.
Políticas públicas municipais para idosos
O envelhecimento da população paulistana justifica a adoção de políticas públicas municipais para o atendimento dos idosos. Para financiar projetos que garantam os direitos da pessoa idosa, existe o Fundo Municipal do Idoso (FMID) cujos recursos são provenientes de doações de pessoas físicas ou jurídicas.
Além do Fundo Municipal do Idoso, a Prefeitura conta com o “Plano Intersetorial de Políticas para o Envelhecimento do Município de São Paulo”, política transversal que define iniciativas para preservar a saúde e autonomia do idoso. Outras ações são coordenadas pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) por meio da Coordenação de Políticas para Pessoa Idosa, e incluem a gestão de espaços de convivência, como o Polo Cultural José Lewgoy, no Cambuci, e o Centro de Desenvolvimento para Promoção do Envelhecimento Saudável, na região de Pinheiros, que contribuem para o envelhecimento saudável da população idosa.
Além disso, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Atenção Básica, desenvolve atividades de promoção e atenção integral à saúde da pessoa idosa e coordena a Política Municipal de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa na cidade de São Paulo. A porta de entrada são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) pelo programa Nossos Idosos que, de acordo com a necessidade, fragilidade e grau de vulnerabilidade, são encaminhados para as Unidades de Referência em Saúde do Idoso (URSIs) e para o Programa Acompanhante de Idosos (PAI).
Idosos em situação de vulnerabilidade também têm direito aos serviços de proteção social básica e especial pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social (SMADS), tais como acesso a centros de acolhimento, núcleos de convivência e serviços de alimentação domiciliar. São 17.635 vagas para o atendimento de pessoas idosas, sendo 2.935 para acolhimento e 14.700 para convivência e fortalecimento de vínculos. Outros 163 serviços exclusivos para essa população, como Núcleos de Convivência de Idosos, Centros Dia para Idosos, Centro de Referência do Idoso, Instituições de Longa Permanência para Idosos, Centros de Acolhida Especiais para Idosos e Serviço de Alimentação Domiciliar para Pessoa Idosa.
Informes Urbanos
Os Informes Urbanos são estudos sobre temas de interesse para o desenvolvimento de São Paulo. As análises abordam dados demográficos, sociais, econômicos e de uso do solo, sempre sob a ótica da dimensão territorial, ou seja, da manifestação desses temas no espaço urbano.
Fonte: Prefeitura de São Paulo
Foto: Marcello Casal Jr/ABr