O Rally do MG Club do Brasil, realizado no sábado (21) com percurso entre Araçariguama e Pilar do Sul (SP), terminou com duas vitórias de modelos nacionais nas três categorias que foram disputadas. A prova aberta a carros clássicos de diversas marcas foi válida pelo Campeonato Brasileiro de Regularidade Histórica da FBVA (Federação Brasileira de Veículos Antigos) e teve 33 participantes.
A largada do Rally do MG Club do Brasil aconteceu no estacionamento do Ecoparada Madero, no km 44 da rodovia Presidente Castello Branco. Após 150 km percorridos principalmente em estradas vicinais, os participantes chegaram a uma propriedade onde fica armazenada uma coleção de caminhões, com destaque para diversos modelos nacionais fabricados entre 1955 e 1972 pela FNM (Fábrica Nacional de Motores).
Os concorrentes foram divididos em três categorias, de acordo com o método de navegação. A Clássicos teve vitória de Alexandre de Araújo Penna e Thaís de Salles Oliveira, com um Puma GTE 1977, com 212 pontos perdidos, seguidos por Luiz Evandro “Águia”/Eber Casotti Oliveira (VW 1300L 1983) e Luiz Augusto Malta/André Malta (MG B 1979). Na APP, o troféu de primeiro lugar ficou com o Ford Escort XR3 2.0i de Mário Lott Guimarães/Daniel C. Lott Guimarães. A categoria foi decidida por apenas um ponto e, devido a um erro de arredondamento do sistema de cronometragem após a aplicação do handicap, a vitória chegou a ser anunciada para Augusto Leite/Rodrigo de Campos a bordo de um Chevrolet Caravan 1984. A revisão confirmou a inversão dos dois primeiros colocados e a Caravan ficou com o segundo lugar. Ela foi usada até poucos anos atrás como ambulância e conservada como tal por seu atual proprietário (inclusive com os cartões e instruções de uso do hospital ao qual pertencia). Por suas características inusitadas, foi um dos carros mais fotografados do rally.
Na Navegação Livre, triunfo de José Luiz Gandini/Luiz Durval Brenelli de Paiva, a bordo de um Mercedes-Benz SL 300 1991. A classe Turismo teve um único participante, o Mercedes-Benz C 280 1995 de Juvenal Costa/Berenice Betti. Esta classe é aberta a qualquer tipo de automóvel e não tem premiação, servindo como um passeio com o objetivo de conhecer a dinâmica de uma prova de rally. O Troféu Chico Corazza, instituído em 2021 em homenagem a um dos fundadores do MG Club do Brasil, desta vez foi entregue aos tripulantes do carro mais antigo: o Porsche 356 1961 de Carlos Antunes e Rafael Antunes. Este carro também chamou a atenção devido à carroceria sem pintura, deixando o metal aparente.
Américo Nesti, presidente do MG Club do Brasil: “Tudo deu muito certo. Até o tempo ajudou e esteve perfeito para um rally de carros clássicos: sem chuva, um pouco nublado, temperatura amena. O melhor de tudo é o encontro com os amigos, as conversas entre todos… Dá para ver alegria no rosto das pessoas e isso é uma das coisas que mais queremos proporcionar aos participantes.”
Manoel Cintra, diretor esportivo do MG Club do Brasil: “Tivemos um número de inscritos ótimo, dentro do que esperávamos, e uma grande participação de pais e filhos e de casais. Eu contei pelo menos seis duplas de pais e filhos, ou filhas. Achei isso muito interessante, mostra que um rally de carros clássicos é também um ótimo programa familiar. O fato de ser uma prova rápida, de apenas um dia de duração, e com trajeto em estradas vicinais asfaltadas, evitando autoestradas, contribuiu para as duplas comparecerem. O ponto bom de fazer parte do Campeonato Brasileiro é atrair participantes de outros estados, como Minas Gerais e Santa Catarina, e eles conhecerem as características das provas do MG Club do Brasil. Para completar, o percurso terminou em uma coleção legal, em um lugar agradável e com a hospitalidade do dono.”