Por Járcio Baldi
Agora é a vez da Tailândia receber o evento da MotoGP. Ano passado Jorge Martin venceu as duas provas largando da pole. Marc Marquez também venceu no Buriram, mas quando corria pela Honda (2018 e 2019). Pecco Bagnaia tem uma vitória no mesmo circuito, mas apenas quando disputava a categoria Moto2.
A Yamaha terá um sistema “anti wheelie” semelhante ao da Ducati, que traz uma menor demanda ao piloto durante a prova, principalmente na saída das curvas de baixa velocidade. Alex Rins disse que a equipe levou o sistema para a prova na Austria, mas não estava funcionando 100%. Em relação aos motores da M1, que Rins e Quartararo utilizam, eles sao parecidos externamente, mas com configurações distintas. “Temos o mesmo motor, mas com uma configuração diferente, interiormente são bem diferentes”, disse Rins. “O que eu gosto no motor que utilizo é que com ele eu faço curvas um pouco melhor do que com o motor dele (Quartararo)”, e continuou: “Eles me permitiram usá-lo pois, dessa forma estamos obtendo informações em ambas as direções para o ano que vem”.
No primeiro dia de treinos, naquele que decidiu quem iria direto para o Q2, Marc Marquez quebrou o recorde da pista, mas a diferença entre os quatro primeiros – Marc, Martin, Bastianini e Bagnaia- é de apenas 0,195s. A Ducati GP23, começa os treinos de sexta-feira com uma leve vantagem sobre as GP24, pois é uma moto que já conta com dados relevantes do ano anterior. Márquez também está num ponto em sua adaptação à moto onde podemos dizer que ele não está mais “atrasado”, como alguns meses atrás.
Na semana passada, na Austrália, o chefe da Ducati, Davide Tardozzi, esperava que as GP24s pudessem alcançar Márquez, mas a falta de tempo em pista na sexta-feira, pelas más condições meteorológicas, impediu uma melhor evolução da GP24. A Honda vem mostrando sua evolução e Johann Zarco passou direto para o Q2, deixando de fora a KTM de Brad Binder por apenas 0,001s. Luca Marini, apesar de emocionar-se com a classificação de Zarco, ainda não se ilude tanto. “Ele fez uma volta incrível, mas estava no limite, arriscou em cada curva e aproveitou o vácuo, precisamos melhorar o desempenho da moto porque, para uma volta, você pode fazer isso, mas em uma corrida é Impossível” disse o italiano.
Jorge Martin afirmou que estava tenso no decorrer da semana. “Essa semana, eu estava nervoso”. “Na minha mente, eu estava antecipando o que estava por vir”, admitiu Martin.”Mas, assim que entrei na pista e tudo correu bem, os fantasmas foram embora e estou feliz por estar competitivo, será um fim de semana desafiador, mas estou na luta”, disse o espanhol que reabriu o debate em relação às ultrapassagens de Bastianini e Marc sobre ele nas duas últimas provas. “Do meu ponto de vista, é difícil correr com alguém como Enea ou Marc”, disse.”É difícil vencê-los porque eles não têm quase nada a perder e não se importam se caírem”.
Marc Marquez estava feliz pelos treinos de sexta-feira, mas adiantou que certamente será muito difícil de manter essa vantagem no decorrer do final de semana. “O ritmo é bom, mas não tanto como na Austrália”. “Creio que Martin é mais rápido do que nós”. “Quando o Bastianini é rápido na sexta-feira, significa que será super rápido durante todo o fim de semana, ele é completamente diferente de mim”. “Ele começa com dificuldades na sexta-feira, mas depois chega no topo”. “No momento estou tendo dificuldades nas curvas 1 e 2, e também perdemos um pouco nas grandes retas, veremos o que poderemos melhorar amanhã” disse Marc.
A “sprint race” acontece nessa madrugada de sábado, às 5h da manhã com 13 voltas. E no domingo, no mesmo horário acontecerá a prova principal com 26 voltas e transmissão pela ESPN4.
Legenda: Marco Bezzecchi espera um bom resultado na Tailandia
Foto/MotoGP