Por Járcio Baldi
Finalmente acabou a espera de Jorge Martin para seu retorno às pistas. O último campeão mundial retornará ao nesse final de semana no Catar. Desde que ganhou o titulo com a Ducati em 2024, há cinco meses, Jorge Martín deu apenas 13 voltas com sua Aprilia, devido às duas injurias consecutivas durante a pré temporada. Não se sabe exatamente como suas lesões nas mãos e nos pés suportarão o esforço de pilotar a RS-GP. “Eu não sei como está minha real condição”. “Testar a moto num final de semana de corrida é um tanto inseguro”. “Vou encarar sessão por sessão, dia após dia, não sei se conseguirei terminar o fim de semana”, disse Martin na conferência de imprensa da quinta-feira.
Pelos lados da Yamaha, o time da fábrica japonesa está com grandes expectativas para o GP desse final de semana, após o quinto lugar de Jack Miller nos EUA. Apesar da Ducati ter vencido no Catar nos últimos três anos, em 2021 a fábrica dos três diapasões venceu as duas etapas que aconteceram no país. “Estou ansioso pela prova no Catar, é uma pista que se adapta à Yamaha, com muitas curvas longas e apenas uma reta longa”. “Termos realizado um fim de semana sólido como o que tivemos em Austin, onde mostramos progresso, definitivamente dá um grande impulso moral a toda a equipe”, disse Miller. Fabio Quartararo, disse que manterá o mesmo ajuste da moto durante todo o final de semana. “Então, não quero mexer muito na moto neste GP, quero manter a mesma base do FP1 até a corrida”. “Claro que, se precisarmos fazer ajustes normais, faremos, mas não quero mudar muita coisa”, afirmou o francês.
A fábrica austríaca, KTM, ainda não tem a solução para o problema da vibração na parte traseira da sua moto e também o excesso de desgaste de pneus. Segundo Brad Binder, a equipe ainda não tem respostas para isso e não há nenhuma possibilidade de que isso seja solucionado no Catar. “Eles podem amenizar o problema, mas é apenas um paliativo, ao invés de encontrar uma solução definitiva” afirmou o sul-africano. Um assunto que dominará o mercado de pilotos esse ano será o destino de Pedro Acosta. Segundo Carlo Pernat, um veterano “manager” no mundo das motos, Acosta disse que não estaria preocupado com dinheiro, sendo essa uma clara mensagem à Ducati. “Parece que tanto a Honda quanto a Yamaha já apresentaram ofertas importantes a ele”. “Mas um piloto que tem consciência de que está no mesmo nível de um Marc Márquez ou um Pecco Bagnaia, e que sabe que não é apenas mais um no grid, e sim um fenômeno, quer a melhor moto”, disse Pernat. A equipe VR$6 tem uma moto com as especificações oficiais e Valentino Rossi vê em Acosta o anti Marquez.
No primeiro treino livre a Ducati dominou, com os quatro primeiros tempos tendo à frente Marc Marquez seguido de Fabio Di Giannantonio e Pecco Bagnaia. Martin, da Aprilia, ficou com o vigésimo tempo. O CEO da Ducati, Claudio Domenicali, afirmou que a dinâmica entre Marc e Pecco deve ser observada cuidadosamente, pois ambos tem a mesma ambição nessa temporada. “Pessoalmente, estou muito feliz com a forma como a equipe trabalhou em sinergia nas três primeiras etapas”. “Certamente não foi fácil para Pecco, porque Marc, adaptou-se imediatamente à GP25”. “Pecco não conseguiu encontrar imediatamente a confiança que esperava, mas é um grande campeão e vimos que, quando a oportunidade se apresenta, como aconteceu em Austin, ele está pronto para entrar em ação”. “Afinal, ele é o único que conseguiu vencer o espanhol neste campeonato, então isso é bom”, afirmou Domenicali.
A “sprint race” acontece às 14h no sábado e no domingo a prova principal será às 14h com transmissão pela ESPN.
Legenda: Franco Morbidelli
Foto/ MotoGP