Por Járcio Baldi
Após quatro etapas do Mundial de Motovelocidade, e baseado nos resultados até o momento, podemos dizer que Marc Marquez somente perderá o título da temporada de 2025, para ele mesmo. Foram quatro poles e três vitórias (não venceu nos EUA porque cometeu um erro e caiu quando liderava) com um domínio expressivo em pista sem qualquer sombra de dúvidas. A melhor moto com o melhor piloto resume-se com sete vitórias em oito provas (valendo-se das provas de sábados e domingos). Sua vitória no domingo o fez empatar com Jorge Lorenzo em número de pódios, 114. Certamente, até o final da temporada, ele se isolará na posição de espanhol com maior número de pódios na categoria principal.
A grande surpresa do final de semana foi o 2º lugar de Maverick Viñales, que chegou a liderar a prova por cinco voltas com a sua KTM. Mas o pódio teve um sabor amargo, pois Maverick foi punido em 16 segundos por estar com a pressão dos pneus abaixo do limite permitido. Creio que a equipe não esperava que o piloto viesse a liderar a prova, onde andando na frente os pneus refrigeram-se mais do que andar no meio do pelotão, fazendo a pressão dos pneus cair. Com isso Pecco Bagnaia ficou com o segundo e Franco Morbidelli subiu para o terceiro posto. “Segundo na pista, mas infelizmente décimo quarto no papel, mas a sensação continua a mesma”. “Estou feliz com o resultado e com o que conquistamos hoje, foi uma prova do nosso potencial, lideramos; lutamos; acreditamos, e nenhuma penalização nos pode tirar isso”, afirmou Viñales.
Pedro Acosta fez duras críticas a essa regra da pressão dos pneus. “Você não é um cartomante para saber qual será a temperatura durante a corrida”. “Eles teriam que analisar essa regra”. “Se a pressão estava correta no início da prova, não faz sentido que o piloto possa liderar uma corrida e tenha que diminuir seu ritmo na corrida para ficar atrás de alguém como fez Marc no Buriran”, enfatizou o “Tubarão”.
E 2025 não está sendo um bom ano para o atual campeão Jorge Martin, que fez sua estréia na temporada, no Catar. O piloto estava em 17º quando caiu forte e ainda foi abalroado pela moto de Fabio Di Giannantonio. Martin teve fratura em oito costelas no arco costal posterior e uma pneumotorax, que é causada pela presença de ar entre as membranas que envolvem os pulmões, e que causa dor torácica e dificuldade de respiração. O espanhol deverá ficar no hospital de Doha por mais alguns dias, até que saia da fase aguda. O piloto escreveu em sua rede social: “Graças a Deus, isso poderia ter sido muito pior”. Di Giannatonio, que teve sua corrida arruinada por um toque de Alex Marquez logo no início da prova, fazendo-o sair da pista, ainda envolveu-se na queda de Jorge Martin. “O episódio com o Jorge foi muito angustiante”. “Para mim, a vitória de hoje é saber que ele está bem, mesmo tendo ele se lesionado novamente, mas considerando que poderia ter sido muito pior”, afirmou o piloto da VR46.
Na Moto2 Diogo Moreira, que largou na 12ª posição, terminou a prova em 5º, com uma sensacional ultrapassagem sobre Bartus a duas curvas da bandeirada. A próxima etapa acontece em Jerez, Espanha, daqui a duas semanas.
Legenda: Marquez #93 vence também no Catar
Foto: MotoGP