O Governo do Paraná consolidou o investimento público no fortalecimento da ciência, alocando R$ 199,2 milhões em 10 chamadas públicas para programas e projetos estratégicos coordenados pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). O valor representa 35,5% da dotação orçamentária do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, que destinou, no ano passado, R$ 561,6 milhões para diferentes iniciativas em todas as regiões do Estado.
O Fundo Paraná é composto, anualmente, por 2% da arrecadação tributária estadual. Os recursos são aprovados na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o financiamento de projetos em cinco áreas prioritárias: agricultura e agronegócios; biotecnologia e saúde; energias renováveis; cidades inteligentes; e economia, educação e sociedade.
As ações também devem estar alinhadas à transformação digital e ao desenvolvimento sustentável.
Denominados de encomendas governamentais, os 10 editais publicados pela Seti abrangem ações de ensino, pesquisa e extensão universitária.
Para o Programa de Apoio à Infraestrutura das Universidades Estaduais (Proinfra), por exemplo, foram liberados R$ 153 milhões para 459 projetos de reformas, obras e manutenções das sete instituições de ensino superior ligadas ao governo estadual. Essa iniciativa tem foco na solução de desafios de acessibilidade para os câmpus, modernização de laboratórios e prevenção de incêndios, entre outras melhorias.
Para o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, a ampliação de investimentos em ciência, incluindo a área de infraestrutura, é imprescindível para o avanço da sociedade em diversas áreas.
“A pesquisa científica impulsiona a inovação tecnológica e contribui para o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida das pessoas, sendo também um motor de desenvolvimento econômico, com impacto na geração de novos nichos de mercado e na formação de uma força de trabalho qualificada”, afirma.
Ele salienta que a ciência é um instrumento para um futuro mais sustentável e igualitário. “Ao fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento científico, estamos criando soluções para os desafios globais mais urgentes, como a crise climática, as doenças emergentes e a escassez de recursos naturais, além de focarmos em produzir soluções para as demandas da sociedade paranaense como um todo”, pontua o secretário.
Pelo menos dois dos editais contemplaram, exclusivamente, propostas das universidades no âmbito da graduação, somando R$ 10,4 milhões, sendo R$ 5,5 milhões para o Programa de Pesquisa e Inovação Didático-Pedagógica dos Cursos de Graduação e R$ 4,9 milhões para o Programa de Fomento à Graduação.
O intuito é implementar novas metodologias de ensino e tecnologias interativas em salas de aula para enriquecer o processo pedagógico e melhorar a experiência de aprendizado dos alunos.
Os cursos de mestrado e doutorado foram beneficiados em uma das chamadas públicas, com um aporte de R$ 5 milhões. Por meio do Programa de Fomento à Pós-Graduação, as sete universidades elaboraram projetos para a modernização de ambientes acadêmicos, a aquisição de equipamentos e o custeio de atividades de pesquisa de professores e estudantes de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado).
O Programa de Fomento à Extensão Universitária recebeu R$ 9,7 milhões para o financiamento de projetos das universidades estaduais, incluindo eventos de divulgação científica, ações de cultura, entre outras iniciativas acadêmicas voltadas para a inclusão de ações extensionistas nos currículos dos cursos de graduação em todas as áreas do conhecimento.
Outro destaque do pacote de encomendas governamentais de 2024 é o aporte de recursos para o fortalecimento da Rede de Laboratórios Multiusuários (Rimpp), com foco na ampliação da prestação de serviços tecnológicos disponibilizados. Ao todo, foram destinados R$ 6 milhões para modernizar a infraestrutura laboratorial compartilhada entre as sete universidades estaduais e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).
Fonte: AENPR