Por Járcio Baldi
Começa nesse final de semana, na Indonésia, a fase asiática do Mundial de Motovelocidade. Será a primeira etapa de um total de cinco, em apenas seis semanas. Após uma pausa de 24 anos, a MotoGP retornou ao país no Pertamina Mandalika International Circuit. A pista foi inaugurada em novembro de 2021 sediando uma prova do mundial de Superbike antes da estreia da categoria principal do motociclismo em 2022. O primeiro GP de motovelocidade nesse país asiático aconteceu em 1996 com vitória de Mick Doohan, na categoria 500cc, com o brasileiro Alex Barros chegando em segundo e Loris Capirossi em terceiro. Os dois últimos ganhadores na Indonésia foram Miguel Oliveira (2022) e Pecco Bagnaia (2023) que venceu largando do 13º posto numa corrida com pista seca.
A Honda aposta que dessa vez poderá participar do Q2. O piloto da LCR Honda, Johann Zarco, acredita que o progresso feito com a RC213V em Misano dará uma boa chance ao time no Q2 do GP asiático. Um novo pacote aerodinâmico usado pela fábrica na semana passada proporcionou uma melhor estabilidade nas curvas. Essa boa forma continuou na sexta-feira em Mandalika, com Zarco ficando a 0,086s de uma vaga direta no Q2 nos treinos. “Acho que melhoramos muito a estabilidade nas curvas rápidas, o que está ajudando muito”, disse Zarco sobre o novo pacote aerodinâmico da marca alada. A Yamaha mostrou que está evoluindo grandemente, com Quartararo ficando com o sexto melhor tempo da sexta-feira, indo para o Q2 direto. Ficar sem combustível nos momentos finais no GP da Emilia Romana custou a Quartararo o que seria o melhor resultado da temporada até o momento (5º). “Voltamos para dar um passo à frente”. “Encontramos um bom manuseio na moto”.“Agora temos que encontrar potência, mantendo a mesma agilidade, esse é o principal trabalho para a Yamaha que atualmente busca a aderência, depois a potência e finalmente uma evolução na eletrônica”, afirmou o francês. Seu companheiro de equipe, Alex Rins que não participou do último GP por problemas de saúde (bronquite), ainda continua com dificuldades para respirar, principalmente pela elevada temperatura na pista de Mandalika.
Nos treinos de sexta feira, Enea Bastianini continuou mostrando sua boa forma, onde quebrou o recorde da pista, ficando com o melhor tempo do dia. Logo em seguida vieram as duas Ducatis da Pramac, com Jorge Martin e Franco Morbidelli. Miguel Oliveira, vencedor em 2022, sofreu uma forte queda nos treinos de sexta-feira e fraturou o pulso, que o deixará fora da da Indonésia. O português, já voou para Portugal para realizar exames e avaliar a necessidade ou não de uma cirurgia no pulso.
Pelos lados da Aprilia, após os terríveis resultados nos GPs de Aragon e San Marino, verificou-se uma pequena melhora no último final de semana no GP da Emilia Romagna, com Viñales terminando em sexto e seu companheiro de equipe, Aleix Espargaro, em oitavo. Maverick Viñales, que conquistou um pódio no ano passado em Mandalika, acredita que a Aprilia recuperou a velocidade que faltava na RS-GP e está confiante. “Estamos motivados e confiantes ao ver o resultado de Misano, ao meu ver, tivemos uma boa melhora”. “Então, estamos realmente otimistas para os próximos finais de semana” disse o piloto espanhol.
Na Moto2, o brasileiro Diogo Moreira continua recuperando-se da apendicite e mais uma vez se ausentará das pistas nesse domingo. As provas da MotoGP acontecem nesse sábado e domingo, às 4h da manhã com transmissão pela ESPN4.
Legenda: Bagnaia espera recuperar pontos na Indonésia
Foto/MotoGP