O programa Praia Acessível bateu recorde de atendimento no Verão Maior Paraná 2023/2024. Foram 763 atendimentos durante 38 dias de atividades no Litoral. O programa auxilia pessoas com deficiência ou baixa mobilidade a passarem o dia na praia ou tomarem banho de mar, sempre com auxílio de profissionais ou estudantes contratados pelo Estado. Ele é fruto de uma parceria entre a Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef) e a Sanepar.
É o maior número de atendimentos já registrado, batendo o recorde anterior, de 2022/2023, com 385 usuários. As atividades começaram a ser oferecidas nas praias em 2017, com 57 atendimentos.
Para o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, o programa é um sucesso e ganha corpo a cada ano com a divulgação da oferta. “Não há dúvidas que tivemos uma temporada muito acessível para as pessoas com deficiência e baixa mobilidade. Reforçamos muito esse ano a divulgação para que nossos idosos ou pessoas com algum tipo de restrição entrassem no mar com tranquilidade”, explicou.
As cadeiras estavam disponíveis em seis pontos do Litoral, em Caiobá, Matinhos, Guaratuba, Praia de Leste, Ipanema e Shangri-lá. As praias com maior fluxo de atendimento foram Shangri-lá e Caiobá, com 202 e 174, respectivamente. Foram 363 atendimentos entre mulheres e 400 atendimentos foram para homens. Dos 763 atendimentos, 730 foram realizados para pessoas com deficiência e 33 para pessoas com baixa mobilidade, inclusive para idosos com mais de 100 anos.
Alcides Miguel Krzyzanovski, de 53 anos, que mora em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, tem distrofia muscular e há 40 anos não entrava no mar. “Realizei meu sonho de guri de entrar no mar. A sensação foi muito boa, porque nós somos meio diferentes das demais pessoas, mas queremos as mesmas oportunidades, sentirmos as mesmas sensações e esse projeto me permitiu isso”, declarou.
Solange Dalazoana Rolim, de São José dos Pinhais, também na RMC, acompanhou a mãe de 101 anos no banho de mar. Para ela, a experiência foi satisfatória tanto para a família, quanto para dona Delvina. “Foi muito bom, eu vi que ela gostou e ficamos até emocionados porque há muito tempo ela não entrava no mar. Com a cadeira, ela pode aproveitar muito o banho de mar”, contou.
Além do Litoral, o Praia Acessível é executado em parceria com os municípios de Itaipulândia e Santa Helena, nas praias de água doce, e em Paranaguá, na Ilha do Mel. Esses pontos continuam com atendimentos até o dia 14 de fevereiro.
Em parceria com a Fundação Araucária, por meio do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Tecnologia Assistiva, e o Laboratório de Ergonomia e Usabilidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foram avaliados os equipamentos utilizados nesta temporada para que possam ser propostas melhorias para 2024/2025. As modernizações vão ser propostas no encosto da cadeira, nos coletes salva-vidas, faixa para os pés, entre outros itens.
Fonte: AENPR