Por Járcio Baldi
Finalmente encerraram-se as especulações sobre a equipe em que Marc Marquez correrá na próxima temporada. O piloto espanhol será companheiro de equipe de seu irmão mais novo na Ducati Gresini. Após onze anos na equipe HRC Honda e seis títulos mundiais na categoria principal, Marc, oficializou na ultima terça-feira sua ida para o time italiano. Um periódico espanhol ventilou que Marquez teria admitido retornar à Honda caso algum dos seus pilotos ficassem entre os cinco primeiros colocados no campeonato em 2024, mas tal noticia foi refutada pela fábrica japonesa. O chefe de equipe da Honda HRC, Alberto Puig, disse que a equipe nem cogitou de pedir a Marc que continuasse, pois era visível que ele não estava feliz na equipe. “É triste mas decidimos que era o melhor a ser feito e quando olhamos o que conquistamos juntos, ficamos muito orgulhosos. “A Honda é muito agradecida pela contribuição de Marc às conquistas que tivemos juntos”, disse Puig.
“Um ano afastado das pistas era uma das possibilidades”, admitiu Márquez. “Correr sem prazer, para mim, não tem significado. Fiz muitas coisas no passado, mas ainda quero lutar por vitórias. Não importa se você tem um ou oito títulos mundiais. Eu tinha opções distintas, mas quem me aguardou foi a Gresini, que apostou em mim, pois eu não prometi nada. Na última terça-feira à noite tomei minha decisão e na quarta-feira telefonei para o Japão.”
Marquez, pela primeira vez em sua carreira na categoria principal, terá um novo chefe de equipe. Santi Hernandez será substituído por Frankie Carchedi. “Será estranho para mim, mas eu já sabia disso quando assinei com eles. Eu tenho trabalhado com Santi por 13 anos, mas eu aceito essa situação. Eu também sei que Frankie é um cara preciso e que ele trabalha bem”, afirmou o piloto. Marquez espera poder levar pelo menos um de seus mecânicos para o time italiano. “Eu não posso trazer toda minha equipe, pois não quero desmantelar a equipe Repsol Honda. E também a Gresini é uma grande família com suas mecânicas internas, então eu devo me adaptar a essa situação. Eu tomei a decisão, então devo me adaptar” disse.
Agora, o foco das especulações é de quem substituirá o espanhol no time japonês. Dois pilotos Aprilia foram cogitados para a posição, Viñales e Miguel Oliveira, mas a equipe italiana não tem qualquer interesse em liberá-los. Marco Bezzecchi operou a clavícula há cinco dias mas foi considerado apto para disputar o GP da Indonésia. O piloto deu um susto na equipe ao cair numa curva, mas felizmente nada de grave aconteceu e o piloto finalizou os treinos de sexta-feira com o terceiro melhor tempo. “ Foi difícil convencer minha mãe a me deixar participar desse GP” disse. “Ainda tenho dores principalmente nas freadas, mas estou evitando tomar analgésicos fortes”. Em relação à sua queda afirmou: “Eu queimei meu bumbum no asfalto para salvar meu ombro”.
A Aprilia ficou com os dois melhores tempos no primeiro dia e Aleix Espargaró disse que poderia ter andado um pouco mais rápido, e está esperançoso em obter a pole. Pecco Bagnaia terá que passar pelo Q1 para tentar a pole pois ficou apenas com o 16º tempo. Seu rival ao titulo, Jorge Martin, foi melhor e ficou com o 5º tempo. A “sprint Race” acontece na madrugada de sábado as 4h da manhã e a prova principal no mesmo horário na madrugada de domingo com transmissão pelo ESPN4.
Legenda: Pecco não foi bem no primeiro dia de treinos na Indonésia
Foto: MotoGP