As regiões metropolitanas do Paraná cresceram acima da média nacional (6,5%) e do próprio Estado (9,56%), segundo os dados do Censo 2022, publicado na quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, 124,1 milhões de pessoas viviam em concentrações urbanas no Brasil, que são arranjos populacionais formados por municípios com forte integração, geralmente conurbados. Essa é uma das grandes constatações da pesquisa mais recente.
Na Região Metropolitana de Maringá, por exemplo, a população dos 26 municípios passou de 713.650 para 848.450, um aumento de 18,89%. Destacam-se, na região, os crescimentos de Floresta (76,33%) e de Mandaguaçu (69,03%). Em 12 anos, a cidade de Maringá teve aumento populacional de 14,7%, saltando de 357.077 para 409.657 pessoas.
A Região Metropolitana de Cascavel, composta por 24 municípios, passou de 488.181 habitantes para 559.732, crescimento de 14,66%, com destaque para o município de Cafelândia, que cresceu 29,57%. O município de Cascavel chegou a 348.051 habitantes, contra 286.177 no Censo de 2010, um salto de 6,45%.
A Região Metropolitana de Curitiba foi a que mais cresceu em números absolutos. Passou de 3.223.836 habitantes para 3.559.366, um crescimento total de 335.530 habitantes, quase uma Cascavel, ou 10,41%. Está na RMC de Curitiba inclusive o município que mais cresceu no Paraná, Fazenda Rio Grande, que viu sua população aumentar 82%. A capital registrou aumento de 1,2%, de 1.751.907 para 1.773.733.
A Região Metropolitana de Londrina foi a única que cresceu menos que a média do Paraná. Juntos, os 25 municípios cresceram 8,86%, com destaque para Sabáudia, com aumento populacional de 44%. Londrina chegou a 555.937 pessoas, ante 506.701 do levantamento anterior, um aumento de 9,7%. Ela continua sendo a segunda maior cidade do Paraná.
Para o secretário de Estado das Cidades (Secid), Eduardo Pimentel, esses números mostram que o Poder Público precisa ter um olhar especial sobre as regiões metropolitanas. “O crescimento populacional nas cidades das regiões metropolitanas é uma realidade. Por isso, Secid, Paranacidade e Agência de Assuntos Metropolitanos (Amep) têm trabalhado de forma integrada para encontrar ações soluções conjuntas no transporte coletivo, na saúde, segurança, zoneamento urbano, meio ambiente e geração de empregos”, afirmou.
Uma das estratégias são os Planos de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI’s) das regiões metropolitanas de Londrina, Maringá e Cascavel. O PDUI tem como objetivo abordar temas de interesse público compartilhados entre os municípios, como planejamento territorial, mobilidade metropolitana, meio ambiente, recursos hídricos, habitação de interesse social e desenvolvimento social e econômico.
A elaboração desse planejamento é uma exigência do Estatuto da Metrópole (Lei Federal 13.089/2015), que busca orientar o desenvolvimento sustentável das regiões metropolitanas. Eles estão na Agência de Assuntos Metropolitanos (Amep), que trabalha na consolidação do PDUI de Curitiba e região. O contrato com a empresa responsável já foi assinado e já estão sendo feitas visitas técnicas a todos os municípios da RMC.
“Esses dados reforçam a necessidade e importância de uma atuação conjunta entre municípios e Estado. E um exemplo desta atuação tem sido na contratação e entrega dos Planos de Desenvolvimento Urbano Integrado – PDUI, das regiões de Londrina, Maringá e Cascavel, e agora de Curitiba”, diz o presidente da Amep, Gilson Santos.
A Secretaria de Cidades tem todo um cardápio de obras de infraestrutura urbana voltado aos municípios. Além disso, recentemente, em uma parceria com o BRDE, foram disponibilizados mais de R$ 500 milhões em uma carteira específica no Programa Paraná Pró-Cidades para os maiores municípios do Estado.
Os recursos são voltados a investimentos em energia renovável, água e saneamento, saúde, mobilidade urbana, infraestrutura social e urbana, agricultura sustentável, cidades sustentáveis, eficiência energética, educação, gestão de resíduos sólidos, inovação, turismo, patrimônio cultural, inclusão financeira e mercado de trabalho.
Fonte: AENPR